quarta-feira, 13 de agosto de 2014

POLO DE APOIO PRESENCIAL: IMPORTÂNCIA IMPAR QUE ESTÁ ALÉM DA OBRIGATORIEDADE

INTRODUÇÃO
O polo de apoio presencial, assumi uma importância impar na realização da educação à distância (EAD). A devida importância, não se da apenas pelo fato de o mesmo ser considerado pelo Ministério da Educação (MEC) como: “requisito fundamental e obrigatório”. Entre outras coisas, o polo de apoio presencial é de imediato o ponto de encontro para todos os atores envolvidos no processo de um sistema de Educação a Distância: Para a Instituição de ensino é essencial, pois, configura um ponto de concentração dos recursos necessários para o progresso dos cursos; para os profissionais, representa o espaço indispensável para que os mesmos administrem da melhor forma os recursos supracitados; finalmente, para o aluno EAD, o polo de apoio tem extrema relevância, pois, é o primeiro vínculo do mesmo com o curso, e, gradativamente se torna um elo do estudante com diversas ferramentas de apoio, necessárias para a construção do conhecimento e para o desenvolvimento do seu ensino aprendizagem. O objetivo principal desse artigo é colocar em questão a importância dos Polos de Apoio Presencial no processo de construção e implementação de um sistema de educação à distância. Partindo da infraestrutura (física) básica necessária que deve ser desenvolvida conforme as normativas do MEC; permeando por sua importância na vida acadêmica do aluno podendo o polo presencial ser um motivador ou não de sua permanência no curso, e finalmente comentar o papel da gestão nesse processo todo, onde o trabalho efetivo do coordenador de polo é imprescindível. Requer ressaltar, que as atribuições, responsabilidades, e relevância dos polos de apoio presencial, não se limitam apenas as abordagens expostas de maneira sucinta neste artigo. Cabe um estudo constante a fim de se compreender com clareza o grau de importância que os polos presenciais têm dentro cenário da EAD.  

2. A INFRAESTRUTURA PERFEITA
As definições a respeito dos polos de apoio presencial não sofrem grandes variações de um autor para outro. Conforme a portaria normativa de nº 02/2007 em seu parágrafo 1º, polo de apoio presencial é definido como: “unidade operacional para desenvolvimento descentralizado de atividades pedagógicas e administrativas relativa aos cursos e programas ofertados a distância”.
Segundo A UAB – Universidade Aberta do Brasil- os polos de apoio são: “unidades operacionais para o desenvolvimento descentralizado de atividades pedagógicas e administrativas relativas aos cursos e programas ofertados a distância [...]”.
Todas as citações definem os polos como unidades operacionais, caracterizando o mesmo como um ponto de encontro para realização de diversas atividades de cunho administrativo e pedagógico. Dentre as quais estão: à realização da avaliação presencial obrigatória, aulas técnicas em laboratórios, defesa de TCC quando o curso assim exigir, distribuição de material didático, atendimento ao aluno, etc.
Portanto, a criação de um polo presencial deve ser pensada e bem planejada desde o início do processo. Sempre observando as normativas do MEC e os Referenciais de Qualidade para a Modalidade de Educação a Distância que mesmo no possuindo força de lei, apresenta alguns princípios fundamentais e serve como uma referência dentro desse processo. Portanto, planejamento é essencial para o sucesso do funcionamento do polo Conforme afirma (SILVA, E. R. G. et. al., 2010):
[...] para garantir efetivamente o pleno desenvolvimento das atividades dos cursos à distância e oferecer condições e serviços adequados e suficientes para atender os professores e estudantes em suas expectativas, demandas e necessidades, o polo de apoio presencial precisa ser bem projetado.
Assuntos como: localização, mobilidade e acessibilidade também devem ser pautados durante o processo de planejamento. Haja vista que, embora o curso seja à distância, as atividades presenciais; eventuais problemas administrativo, pedagógico ou tecnológico; bem como qualquer outra situação que exija o encontro presencial, demanda o deslocamento do aluno.
Fundamental e obrigatório na organização do sistema de educação à distância, os polos de apoio presencial não podem ser implantados de forma arbitrária sem que sejam observadas essas diretrizes e normativas. Além da LDB, do próprio Decreto 5622/2005, existe todo um aparato legal que pode e deve ser explorado.
Fisicamente o Polo de Apoio Presencial deve estar estruturado conforme as normativas do MEC. O Decreto de nº5773/2005 (MEC) estabelece aqueles que segundo o mesmo – o que concorda as exigências para a constituição de um polo de apoio pela UAB- são elementos fundamentais para infraestrutura do polo de apoio. Basicamente, a estrutura física e material para a constituição de um polo de presencial segundo a UAB, é separada entre: Dependência, Equipamento e Mobiliário.  As salas que compreende: a secretaria, coordenação de polo, sala de tutoria presencial, sala dos professores e sala de aula presencial; o Laboratório de Informática e a Biblioteca compõem a dependência básica dessa estrutura e devem seguir fielmente as especificações do Ministério da Educação.
Existe ainda, a questão dos recursos humanos e tecnológicos mínimos necessários para a composição da estrutura; a padronização do atendimento que devem observar dias e horários previstos nos referenciais de qualidade; a efetiva comunicação entre toda equipe multidisciplinar que é quem dará vida e dinamismo ao espaço físico, e muitas outras vertentes a serem pensadas, discutidas e organizadas para que o polo de apoio tenha êxito e cumpra o seu papel.
Portanto, o Polo de Apoio Presencial não pode ser visto apenas como uma obrigatoriedade, mas antes de tudo, como um elemento de grande importância dentro do cenário da EAD.

3. O POLO DE APOIO NA VIDA DO ALUNO
É preciso entender que, embora o aluno tenha optado por um curso na modalidade a distância, ele conta com o polo de apoio e espera que quando necessite de seus serviços o mesmo satisfaça as suas expectativas. Caso contrário poderá desmotiva-lo.
Nesse sentindo, convêm que haja uma comunicação clara e efetiva entre todos da equipe. As informações quanto aos horários de funcionamento, sobre o material didático, em relação às dependências disponíveis para o aluno, o profissional responsável por cada setor, as salas disponibilizadas para realização das avaliações ou atividades. Em fim, toda e qualquer informação que facilite a vida do aluno - e não abra margem a insegurança e questionamentos a respeito da idoneidade do curso, do polo ou da instituição – estejam alinhadas.
O polo de apoio presencial é muito importante para a vida acadêmica do aluno, pois, além dele humanizar a virtualidade que compreende a modalidade EAD e “diminuir” a distância explícita na mesma. Ele pode ainda influenciar a permanência do aluno no curso, sua participação nos processos avaliativos e motiva-lo em sua busca por conhecimento.  
Portanto, o trabalho do Coordenador de polo como líder é fundamental. No sentido de está atento as necessidades em geral, administrando os conflitos e gerindo com sabedoria os recursos. Sobretudo, os recursos humanos e isso inclui também o aluno.
A importância do polo de apoio presencial é evidente e requer o esforço de todos para que o mesmo alcance seu principal objetivo que é o de apoiar a todos que dele necessitem.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Polo de Apoio Presencial é fundamental para o desenvolvimento da educação a distância. Portanto, ao se pensar em sua constituição, questões como o Aparato Legal; Os Referenciais de Qualidade para Educação a Distância, os Apontamentos da UAB, a relevância do mesmo para a execução das atividades presenciais, bem como sua importância para o aluno e todos os atores envolvidos no processo não podem ser ignorados. Se ao planejarmos a construção de um polo de apoio, focamos nossa atenção bem mais em sua relevância para o processo do que em sua obrigatoriedade, as chances de minimizarmos os erros e atingirmos os resultados esperados se tornam bem maiores.

5. REFERENCIAS
BRASIL. Decreto nº5622, de 19 de dezembro de 2005. Regulamenta o art. 80 da Lei noº9. 394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, dez.2005. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/Decreto/D5622.htm>. Acesso em: 30 jul. 2014.
BRASIL. Portaria normativa nº02 de 10 jan. 2007. Disponível em:< http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/portaria2.pdf> . Acesso em: 01 ago 2014.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação a Distancia. Referenciais de qualidade para educação superior a distancia. Brasília, ago. 2007. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/referenciaisead.pdf>. Acesso em: 01 ago. 2014.
BRASIL. UAB/CAPES. Sobre a UAB: O que é polo de apoio presencial. Disponível em: <http://uab.capes.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=16&Itemid=30>. Acesso em: 28 jul. 2014.   
JODAS, Juliana, Palavra Digital: Polo de apoio presencial.

SILVA, E.R.G.; ET AL. Gestão de polo de apoio presencial no sistema Universidade Aberta do Brasil: construindo referenciais de qualidade. Novas Tecnologias na Educação. Vol.8, n.3, p. 01-10, dez. 2010.

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